CLÁSSICO; Leão e Timbu dispõem de fortes candidatos a protagonistas

Saiba quem são os caras do Sport e do Náutico que podem fazer a diferença na decisão do Pernambucano
Seja qual for o campeão do Campeonato Pernambucano, o mérito, obviamente, será dividido coletivamente. Isso não exclui, contudo, a importância de alguns personagens na decisão. Fazendo ou evitando gols. Construindo jogadas ou desarmando os adversários. Sport e Náutico possuem nomes que podem fazer a diferença neste domingo, na Ilha do Retiro.
A dupla que pode contribuir em maior grau no título do Náutico é Jorge Henrique e Wallace Pernambucano. Experientes, os atletas carregam a responsabilidade de comandar um elenco repleto de jovens, como Hereda, Odilávio e Thiago. O trio disputará sua primeira final no profissional. Campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Corinthians, Jorge foi a contratação de peso do Timbu para 2019. Por isso, a expectativa em seu desempenho sempre foi alta. Mas o atleta segue tímido com a camisa alvirrubra, com apenas dois gols em 16 jogos. Nesse ínterim, uma lesão no joelho direito o tirou do time por algumas rodadas. Mesmo aquém do que pode fazer, ele goza da confiança do técnico Márcio Goiano. Atuando mais recuado, pode ajudar na criação das jogadas e municiar o outro protagonista do clube.

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Com oito gols, Wallace Pernambucano é o artilheiro do Náutico no ano. Em qualquer bolão, o nome do centroavante ganharia disparado a aposta de quem pode ser o herói da decisão. E olha que o atleta não voltou de fato ao time titular. Assim como Jorge, Wallace passou um tempo afastado dos gramados por conta de lesão. Ao retornar, ficou como opção no banco de reservas por conta da boa fase do prata da casa Odilávio. Sempre que está em campo, o “Tanque” leva perigo. Para o Clássico dos Clássicos, Goiano deve colocá-lo de frente.
Da mesma forma que o Náutico tem uma dupla ofensiva de respeito, o Sport também conta com uma parceria de peso no ataque. Hernane não carrega o apelido de Brocador à toa. O centroavante é um dos mais famosos goleadores do Brasil na década. Quando atuava pelo Flamengo, foi artilheiro do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil 2013. Naquele ano, ganhou o tradicional prêmio Chuteira de Ouro da Revista Placar. Foi o homem que mais fez gols no Brasil naquela temporada (36). Em 2015, o atleta teve uma passagem de pouco brilho pelo Sport. O jogador retornou em 2018 e, neste ano, enfim vem comprovando sua fama. Prova disso é que já fez nove gols em 12 jogos. Uma ótima média de 0,75 gol por jogo. Além disso, o veterano, de 33 anos, deve se consagrar o artilheiro do Campeonato Pernambucano, pois está bem à frente de seus concorrentes.
E como reza a cartilha do bom futebol, um ataque eficaz precisa de um garçom à altura. No Sport ele atende pelo nome de Ezequiel. Indiscutivelmente um dos craques do Pernambucano, o habilidoso atleta, que veio por empréstimo do Botafogo, já marcou quatro gols e ainda deu cinco assistências. Não é pouca coisa. Por falar em façanhas realizadas por jovens, o Leão conta com outro prodígio de respeito no elenco. O jovem goleiro Maílson, formado no próprio clube, conseguiu algo inimaginável há até pouco tempo: ocupar, com destaque, o posto de Magrão – para muitos o maior ídolo da história rubro-negra. Em seis jogos neste ano, o grandalhão, de 1,97m tomou só três gols. Além disso, tem fama de bom pegador de pênaltis. Por isso mesmo era chamado de “filho de Magrão” nas categorias de base. E em um torneio que prevê disputa nas penalidades, ter um especialista nesse quesito é um trunfo e tanto.


Folha-PE.

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