Policial militar que matou motorista de aplicativo em Camaragibe pode ser expulso da PM, diz secretário de Defesa Social

Foto:Cortesia.

O assassinato do motorista de aplicativo Thiago Fernandes da Silva, de 23 anos, no último domingo (1º), em Camaragibe, no Grande Recife, causou comoção e revolta. O crime ocorreu em plena via pública e foi registrado por câmeras que mostram o momento em que um policial militar dispara à queima-roupa contra o jovem.

Em coletiva, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, afirmou que a conduta do PM é “inadmissível” e que o caso aponta para sua expulsão da corporação após a conclusão do processo disciplinar.

“Inadmissível”, afirma SDS

Alessandro Carvalho destacou a gravidade do caso ao analisar as imagens que circulam amplamente nas redes sociais. “Não existe justificativa alguma para a conduta que ele tomou. A posição da SDS é que ele deve responder pelos atos. O vídeo é claro, todos podem ver. Não houve nenhuma razão para o uso da arma de fogo. Ele vai responder a um processo disciplinar e, pelas imagens, não vejo outra conclusão que não seja a demissão dele da Polícia Militar de Pernambuco”, declarou o secretário.

Clamor por justiça

Thiago Fernandes foi sepultado na tarde da segunda-feira (2), no Cemitério Municipal de Camaragibe, sob protestos de familiares, amigos e colegas de profissão. Em frente ao cemitério, motociclistas por aplicativo realizaram uma manifestação exigindo justiça e providências contra o responsável pelo crime.

Entre os mais emocionados, estava Otacília Fernandes, mãe de Thiago, que clamou por justiça. “Meu filho era trabalhador, estava correndo atrás dos sonhos dele. Não é justo isso que aconteceu. Quero que ele [o policial] pague pelo que fez.”

Próximos passos

O policial militar envolvido no caso está sob investigação e responderá tanto na esfera administrativa quanto na Justiça. A SDS garantiu que o processo será conduzido com celeridade e transparência.

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