Ricardo Liberato (PSDB), segundo vereador mais votado de Caruaru nas últimas eleições com 5.058 votos, enfrenta um cenário complexo em sua tentativa de assumir a presidência da Câmara de Vereadores José Carlos Florêncio no próximo mandato, que se inicia em 2025. Apesar de sua expressiva votação, o parlamentar tem encontrado dificuldades significativas para emplacar sua candidatura.
Na última semana, Liberato publicou em suas redes sociais que permanece firme em sua intenção de disputar o cargo. Além disso, ele ingressou com uma ação judicial questionando a candidatura do atual presidente, Bruno Lambreta (PSDB), baseada em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que limita reeleições consecutivas nas presidências das câmaras municipais.
Contudo, Bruno Lambreta segue como favorito na disputa, já contando com o apoio de mais de dois terços dos vereadores eleitos, incluindo integrantes da base governista. Restam apenas os votos de vereadores indecisos, que, em sua maioria, fazem parte da oposição. Por outro lado, Ricardo Liberato, até o momento, conta apenas com seu próprio voto declarado.
Na última sexta-feira (27), Liberato utilizou suas redes sociais para criticar a situação, reiterando sua posição contrária à candidatura de Lambreta. Em publicação no Instagram, destacou:
“Nós promovemos um debate democrático em torno da decisão do STF, que veda terceiras presidências consecutivas. É essencial que a legalidade e a harmonia institucional sejam preservadas.”
A postura de Ricardo desde o fim das eleições tem gerado críticas nos bastidores políticos. Antes, ele era visto como um dos nomes naturais para suceder Bruno Lambreta na presidência em 2026. No entanto, ao antecipar sua intenção de assumir o cargo, acabou se isolando politicamente.
Especialistas avaliam que o movimento de Liberato pode ser interpretado como precipitado, o que, além de dificultar a viabilização de sua candidatura agora, pode comprometer sua articulação para futuras disputas dentro da Câmara.